Com 23 anos de estrada, é difícil falar de reggae na Bahia sem citar o nome do Adão Negro. Ao todo, o grupo já possui nove trabalhos gravados e dividiu o palco com artistas que vão da cantora de rock, Cássia Eller, ao rapper norte-americano 50 cent. Recentemente, a banda lançou seu novo álbum - intitulado "Alma Leve" - com 11 músicas inéditas (ouça abaixo a música Alma Leve).
Ao visitar pela primeira vez o Grupo A TARDE, o cantor do Adão, Sérgio Nunes, falou com exclusividade sobre a recepção do público para o novo trabalho. Durante o processo de produção, a banda contou com o apoio do cantor Alexandre Carlo, vocalista do Natiruts e dono do Zeroneutro Studios, em Brasília, que foi responsável pela parte de mixagem e masterização do "Alma Leve".
"O público do reggae na Bahia é muito fiel. Estamos preste a fazer o República do Reggae, a chegada do verão, do mês da consciência negra, então já existe uma expectativa grande por parte das pessoas, independente de ser um álbum do Adão. No entanto, com certeza, estamos acompanhando nas redes sociais e nos álbuns de streaming. A rapaziada está ouvindo bastante a música "Acende a Vela", que é o 'abra alas' do álbum. Estamos muito feliz por essa recepção, que divide essa ideia de um mundo igualitário e sem medo de bala perdida", contou.
Durante os 23 anos de carreira, o Adão Negro sempre manteve as composições por responsabilidade própria. No entanto, o "Alma Leve" surgiu para mudar isso e com bastante estilo. Pela primeira vez, o grupo contou com participações de compositores como: Ivete Sangalo, Peu Del Rey e Rafa Chagas. No papo, Serginho contou sobre como foi viver essa nova experiência.
"Foi algo riquíssimo. Normalmente, as composições eram feitas por mim, Aurelino 'Bandido' e Marcos Guimarães. Mas ao receber esses artistas todos é possível fazer novas analogias com essas cores que vão surgindo. Estamos muito felizes com o apuro técnico alcançado nas gravações no estudo do Alexandre do Natirruts, lá em Brasília. Entre todas essas composições, não só dos artistas, mas também nossas e do nosso diretor musical, esse álbum é uma celebração desses 23 anos de carreira", revelou.
Ao visitar pela primeira vez o Grupo A TARDE, o cantor do Adão, Sérgio Nunes, falou com exclusividade sobre a recepção do público para o novo trabalho. Durante o processo de produção, a banda contou com o apoio do cantor Alexandre Carlo, vocalista do Natiruts e dono do Zeroneutro Studios, em Brasília, que foi responsável pela parte de mixagem e masterização do "Alma Leve".
"O público do reggae na Bahia é muito fiel. Estamos preste a fazer o República do Reggae, a chegada do verão, do mês da consciência negra, então já existe uma expectativa grande por parte das pessoas, independente de ser um álbum do Adão. No entanto, com certeza, estamos acompanhando nas redes sociais e nos álbuns de streaming. A rapaziada está ouvindo bastante a música "Acende a Vela", que é o 'abra alas' do álbum. Estamos muito feliz por essa recepção, que divide essa ideia de um mundo igualitário e sem medo de bala perdida", contou.
Durante os 23 anos de carreira, o Adão Negro sempre manteve as composições por responsabilidade própria. No entanto, o "Alma Leve" surgiu para mudar isso e com bastante estilo. Pela primeira vez, o grupo contou com participações de compositores como: Ivete Sangalo, Peu Del Rey e Rafa Chagas. No papo, Serginho contou sobre como foi viver essa nova experiência.
"Foi algo riquíssimo. Normalmente, as composições eram feitas por mim, Aurelino 'Bandido' e Marcos Guimarães. Mas ao receber esses artistas todos é possível fazer novas analogias com essas cores que vão surgindo. Estamos muito felizes com o apuro técnico alcançado nas gravações no estudo do Alexandre do Natirruts, lá em Brasília. Entre todas essas composições, não só dos artistas, mas também nossas e do nosso diretor musical, esse álbum é uma celebração desses 23 anos de carreira", revelou.
Diversidade musical
Essas mais de duas décadas de estrada permitiram ao grupo dividir palco com inúmeros artistas dos mais diversos gêneros, como a banda de rock brasiliense Paralamas do Sucesso e o cantor de reggae marfinense Alpha Blondy, além de um álbum produzido por Clive Hunt, produtor jamaicano que trabalhou com grandes artistas internacionais, como o próprio Alpha Blondy, Stevie Wonder, entre outros. No entanto, se engana quem pensa que o Adão não deseja ainda dividir o palco com outros nomes.
"Claro, eu sou um entusiasta. Gosto de muita coisa que está acontecendo. Desses artistas que estarão conosco no República, grandes nomes internacionais e do nosso segmento. Entre os artistas novos, existem muitos que já vem dividindo o palco com a gente, como é o caso do Maneva, Cidade Verde Sound, mas não somente do nosso segmento. Existem alguns artistas que estão no meio há algum tempo, mas só estão despontando agora, como é o caso da minha amiga pessoal Larissa Luz, que tocamos juntos no Festival da Primavera, mas é uma vontade que a gente tem de ficar junto. porque os universos possuem uma interseção entre si. Quanto mais gente, melhor. Quem sai ganhando com isso, é o público", garantiu o vocalista.
Como de costume, o grupo permaneceu firme na defesa de seus ideais. De acordo com Serginho, o momento é de combater a intolerância e buscar mais solidariedade. "Queremos manter essa perspectiva de unidade nacional, fortalecido pela solidariedade, por essa coisa fraternal que sempre foi característico do brasileiro, principalmente por esse momento que está rolando de muito ódio. Então, o que define e sintetiza o 'Alma Leve' é esse desejo de encontrar mais aquilo nos aproxima, do que aquilo que nos separa", falou.
Se manter firme e forte em seus ideais durante 23 anos e ainda conseguir ser uma das referências do reggae, não é tarefa fácil. Serginho afirmou que foi preciso desconstruir a ideia de pensar apenas na compensação financeira se baseando nos ideais levantados pela bandeira do reggae.
"A música no Brasil é algo difícil, mas quando você tem um compromisso com princípios estéticos e ideológicos, como é o caso do reggae, você acaba achando sua turma. Minha avó sempre dizia: 'Não basta somente você procurar sua turma, você precisa achar sua turma'. E o Adão tem conseguido achar ao longo desses 23 anos. Dias melhores, dias não tão bons, mas o que é fundamental é ter a perspectiva que aquilo que você faz não é somente pensando no resultado financeiro. Se você acredita em outras formas de compensação, você acaba achando a medida certa entre uma vida digna, porém, modesta, sem abrir mão daquilo que você não pode deixar de falar, e ainda fazer uma música que você ama", ponderou.
Projeto nas escolas
Um desses princípios que norteiam o Adão está no compromisso do grupo com a educação. O projeto "Adão Negro nas Escolas" promove um bate-papo entre a banda e os estudantes de escolas da rede pública e graduandos, com o intuito de fortalecer a proposta artística e defender conceitos de cultura e liberdade.
"Foi algo intuitivo (o projeto), como consequência dessas militâncias no palco e estudantil. Os membros do Adão tem uma experiência acadêmica também, de graduação e pós. Então esses exercícios nessas esferas foi gerando, naturalmente, um interesse por parte de nossos colegas em fazer uma proposta artística do Adão, com essas pessoas que dividem esses universos, que propõem mais arte, cultura e liberdade. Com isso, o projeto acabou sendo convidado cada vez mais, elaborando esses conceitos de valores universais e atemporais", concluiu.
+ novo vídeo clip da banda.
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